Sunday, February 17, 2008

Radiohead


Os Radiohead estão de volta e em grande, desde 2003 sem editar nada, com In Rainbows vem também uma estratégia de marketing bastante inovadora com a venda digital do álbum. Apesar de mudarem um pouco o estilo, a qualidade do álbum, essa, está como os Radiohead nos habituaram, excelente.
A propósito do curioso título, Thom Yorke referiu que este pretende sugerir uma viagem, uma transposição para um sítio onde não se está. O artwork, com manchas de tinta coloridas sobre uma imensidão negra, traz à memória explosões cósmicas. Terão os Radiohead e o seu colaborador artístico de longa data, Stanley Donwood, pretendido reflectir na arte do disco um novo início, um big bang pessoal? Faz algum sentido que assim seja. A banda desligou-se da EMI, editora que marcou toda a sua carreira, para empreender uma política de lançamentos autogeridos, com maior espontaneidade e, esperamos, regularidade. Por outro lado, In Rainbows consegue afastar-se da imagem de neurose urbana e introspecção depressiva que marcou quase todos os discos anteriores. Este é, no contexto da discografia da banda, um disco mais leve do que se esperaria, com uma voz mais melódica.

Mesmo faltando alguma força nalguns dos temas, In Rainbows comprova que os Radiohead são uma das bandas que mais interesse suscita sempre que emerge com um novo álbum. Sem se limitarem artisticamente, conseguem a rara proeza de atingir o público geral com o mesmo impacto que atingem os exigentes fãs. Com dez (mais seis) novos temas, o quinteto de Oxford volta ao nosso dia a dia. Os Radiohead continuarão a resistir à passagem do tempo, como todos os grandes músicos o conseguem, compondo canções inesquecíveis, uma após a outra.

Esperamos pela confirmação do tão aguardado concerto em Portugal para breve. Aqui deixo o link para uma petição a favor dos Radiohead ao vivo em Portugal. www.petitiononline.com/rad08pt

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