Sunday, March 30, 2008

Scars on Broadway


Scars on Broadway é o novo projecto do guitarrista e do baterista dos System of a Down, Daron Malakian e John Dolmayan. Aqui fica a letra da primeira música conhecida deste prometedor álbum.

They Say

I walk the line, the line I choose
I see the people in front of me.
I climb the wall, the wall of news
I watch them show the tragedy.

If you were me, could you defend
The given rights to all of man.
Let's fuck the world and with its trend
They say it's all about to end.
They say it's all about to end.
They say. They say.

There's a prison that's gone but the fear lives on
I watch you walking on the dotted line.
Maybe you don't see what's in front of me.
Maybe you won't stand the test of time.
For we live in sin, for we will win
I watch the president kiss his family.
For we live in sin, for we will win
I watch the president fuck society.

If you were me, could you defend
The given rights to all of man.
Let's fuck the world and with its trend
They say it's all about to end.
They say it's all about to end.
They say. They say.

I fall in love with the old times.
I never mentioned the old mind.

Let's fuck the world with all its trend.
Thank God, it's all about to end.
They say it's all about to end.
They say. They say.
They say. They say.
They say it's all about to end.

link da música no youtube

Friday, March 21, 2008

Fanfarra Kaustica


O nome Fanfarra Kaustica nasce da sensação química que a música destes 10 elementos provoca nas pessoas. Ela queima!
Os ritmos são contagiantes e as melodias emotivas arrepiam a pele... Pode-se dizer que estes músicos têm gosto em brincar com o que existe de mais primário em todos nós. A alegria pura e nua.... despida de preconceitos ou status, sem barreiras ou diferenças; a euforia, que reage com as pessoas e puxa a si o melhor de cada um, e a dança, que liberta e purifica os corpos.
Por isso a animação é garantida, basta que se deixem levar por esta Fanfarra e todas as emoções que lhes estão inerentes.
Desde que estes jovens se juntaram têm sido constantemente requisitados a participar no mais variado tipo de eventos de norte a Sul do país, não tendo havido necessidade de fazer qualquer tipo de publicidade, pois os contactos para novos serviços têm surgido de actuação para actuação.
Com um repertório que toca bastantes etnias, países e contextos, estes jovens quebram barreiras pelo desinteresse em manter tradições, e pelo interesse em quebrar corações (de forma musical, é claro!)
Tocam principalmente temas de Música Cigana, Israelita, Cabo-verdiana, Jazz e Blues, Portuguesa, Brasileira, etc etc etc.
Arrastam já atrás de si uma vasta legião de fãs que chega a comprometer por vezes o espaço onde as actuações estão previstas, para grande gáudio de todos os elementos.
Os ritmos acelerados e contagiantes desta banda de metais, não permite tristezas ou apatia. Com a fanfarra Kaustika ninguém está a salvo de perder o controle dos membros e começar a dançar frenéticamente e a transpirar sem querer. Deixem-se contagiar por este bando de musicos salteadores de emoções!

http://fanfarrakaustica.blogspot.com/

Tuesday, March 11, 2008

"Body Of War"


Eddie Vedder, Tom Morello e Serj Tankian integram a lista de artistas que contribuíram para a banda sonora do documentário "Body Of War: Songs That Inspired an Iraq War Veteran".
O filme , que estreou em Setembro de 2007, no Toronto International Film Festival, conta a história do soldado Tomas Young, que ficou paralítico apenas uma semana após ter chegado ao Iraque.
Na trilha sonora, cujo lançamento está previsto para 18 de Março, constam, também, temas de Neil Young e Bright Eyes.
O primeiro single a ser retirado do disco é a faixa 'No More', que os Pearl Jam interpretaram no festival Lollapalooza 2007, nos EUA, com a colaboração de Ben Harper. Parte das receitas obtidas com a venda de "Body Of War: Songs That Inspired an Iraq War Veteran" revertem para a organização Iraq Veterans Against the War.

Tuesday, March 4, 2008

Puscifer


Durante anos a página oficial de Maynard James Keenan (maynardjameskeenan.com), mais conhecido como vocalista dos Tool e dos A Perfect Circle, apresentou a seguinte mensagem: “I have nothing to tell or sell you at this moment...but thanks for asking.” Recentemente, a mensagem desapareceu e a loja abriu. O viticultor mais enigmático do rock alternativo actual decidiu lançar o seu primeiro disco a solo sob o cognome de Puscifer. Contudo, este projecto está longe de ser um esforço solitário – Danny Lohner, Brian Lustmord, Tim Alexander ou Jonny Polonski são apenas alguns dos nomes que ajudaram na concretização deste novo desdobramento de Maynard.

“V” Is For Vagina poderá ser uma surpresa para os mais incautos conhecedores do trabalho anterior de Maynard. Roçando constantemente o limiar entre a seriedade e o sarcasmo, “V” Is For Vagina é um alimento cerebral de difícil digestão. Puscifer é, de forma mais ou menos improvável, aquilo que os Nine Inch Nails se transformariam caso Trent Reznor fosse substituído por Ron Jeremy e Stephen Colbert. O próprio artwork cartoonesco e berrante é prova de como existe algo de profundamente manhoso neste projecto. Esperem também um misto de blues, trip hop e rock industrial, com a voz de Maynard a contrair-se constantemente em sussurros e monocórdicas melodias. Esqueçam as linhas etéreas e redentoras de A Perfect Circle ou as catárticas explosões de Tool, em Puscifer a discrição em tom grave é a direcção seguida pela voz de Maynard.
Os dez temas de “V” Is For Vagina conseguem divergir substancialmente entre si sem, contudo, se atraiçoarem. A uni-los está a presença lírica de Maynard em inolvidáveis frases como “Show you the difference between my gun and my pistol” (“Dozo”), “Life will pound away where the light don’t shine, son. Take it like a man.” (“Momma Sed”) ou “Jesus is risen. It’s no surprise. Even he would murder his momma to ride to hell between those thighs. (“Rev. 22:20 (dry martini mix)”).
Mas não são muitos os temas que se destacam. “Queen B”, o single de apresentação, tem um groove intenso ao qual é difícil escapar; enquanto que “Dozo” consegue mesmo utilizar disparos de armas para complementar um ritmo dançável e algum caos sonoro. Ao lado destes dois temas está ainda “Trekka”, uma canção pujante de inspiração tribal. A pulsação de “Vagina Mine” consegue ser inebriante, escapando a alguma da indiferença criada por grande parte do álbum. “Momma Sed” é um tema directo onde uma guitarra acústica é acompanhada por uma bateria seca e simples, conseguindo aproximar-se do que Maynard fez com os A Perfect Circle.
Uma das falhas de “V” Is For Vagina encontra-se nas novas versões de temas editados anteriormente, ou seja, nas novas roupagens de “The Undertaker” e “Rev. 22:20 (dry martini mix)”. A primeira pôs de parte o andamento dançável, análogo ao da genial “Army Of Me” de Björk, para se perder em guitarras típicas dos Nine Inch Nails (ou não fosse esta faixa co-escrita por Danny Lohner). A nova mistura de “Rev. 22:20”, bastante mais mansa e inocente, peca por fazer desaparecer a intensa sensualidade que o original continha. Digamos que se passou de uma lap dance vertiginosa de um diabo feminino, para uma contemplação distante desse mesmo diabo.Existe também uma versão espanhola da Durante anos a página oficial de Maynard James Keenan (maynardjameskeenan.com), mais conhecido como vocalista dos Tool e dos (extintos?) A Perfect Circle, apresentou a seguinte mensagem: “I have nothing to tell or sell you at this moment...but thanks for asking.” Recentemente, a mensagem desapareceu e a loja abriu. O viticultor mais enigmático do rock alternativo actual decidiu lançar o seu primeiro disco a solo sob o cognome de Puscifer. Contudo, este projecto está longe de ser um esforço solitário – Danny Lohner, Brian Lustmord, Tim Alexander ou Jonny Polonski são apenas alguns dos nomes que ajudaram na concretização deste novo desdobramento de Maynard.
“V” Is For Vagina poderá ser uma surpresa para os mais incautos conhecedores do trabalho anterior de Maynard. Roçando constantemente o limiar entre a seriedade e o sarcasmo, “V” Is For Vagina é um alimento cerebral de difícil digestão. Puscifer é, de forma mais ou menos improvável, aquilo que os Nine Inch Nails se transformariam caso Trent Reznor fosse substituído por Ron Jeremy e Stephen Colbert. O próprio artwork cartoonesco e berrante é prova de como existe algo de profundamente manhoso neste projecto. Esperem também um misto de blues, trip hop e rock industrial, com a voz de Maynard a contrair-se constantemente em sussurros e monocórdicas melodias. Esqueçam as linhas etéreas e redentoras de A Perfect Circle ou as catárticas explosões de Tool, em Puscifer a discrição em tom grave é a direcção seguida pela voz de Maynard. Esperem também alguma frustração por assim ser.
Os dez temas de “V” Is For Vagina conseguem divergir substancialmente entre si sem, contudo, se atraiçoarem. A uni-los está a presença lírica de Maynard em inolvidáveis frases como “Show you the difference between my gun and my pistol” (“Dozo”), “Life will pound away where the light don’t shine, son. Take it like a man.” (“Momma Sed”) ou “Jesus is risen. It’s no surprise. Even he would murder his momma to ride to hell between those thighs. (“Rev. 22:20 (dry martini mix)”). Suspeito que Freud teria especial prazer em analisar o conteúdo deste álbum.
Mas não são muitos os temas que se destacam. “Queen B”, o single de apresentação, tem um groove intenso ao qual é difícil escapar; enquanto que “Dozo” consegue mesmo utilizar disparos de armas para complementar um ritmo dançável e algum caos sonoro. Ao lado destes dois temas está ainda “Trekka”, uma canção pujante de inspiração tribal. A pulsação de “Vagina Mine” consegue ser inebriante, escapando a alguma da indiferença criada por grande parte do álbum. “Momma Sed” é um tema directo onde uma guitarra acústica é acompanhada por uma bateria seca e simples, conseguindo aproximar-se do que Maynard fez com os A Perfect Circle.
Uma das falhas de “V” Is For Vagina encontra-se nas novas versões de temas editados anteriormente, ou seja, nas novas roupagens de “The Undertaker” e “Rev. 22:20 (dry martini mix)”. A primeira pôs de parte o andamento dançável, análogo ao da genial “Army Of Me” de Björk, para se perder em guitarras típicas dos Nine Inch Nails (ou não fosse esta faixa co-escrita por Danny Lohner). A nova mistura de “Rev. 22:20”, bastante mais mansa e inocente, peca por fazer desaparecer a intensa sensualidade que o original continha. Digamos que se passou de uma lap dance vertiginosa de um diabo feminino, para uma contemplação distante desse mesmo diabo. Lamenta-se a perda.
Sem compromissos demasiado sérios ou ideias megalomaníacas, Puscifer é um empreendimento pessoal, descontraído e bem-humorado de um dos mais talentosos e irreverentes nomes do rock contemporâneo. Este não é um projecto oportunista que vise fidelizar o público já atingido pelo passado de Maynard James Keenan (mesmo que tal aconteça). Este não é um álbum que procura sequer ser vitorioso. Aliás, aqui o “v” tem um significado bem diferente. À imagem do seu criador, este consegue ser um álbum com um low profile. Embora Maynard já tenha reservado o seu lugar na história do rock, “V” Is For Vagina arrisca-se a passar completamente despercebido.